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| Forte São Joaquim, já em ruínas (registro feito por volta de 1900) |
Enfim, uma boa notícia para a história roraimense. A Universidade Federal de Roraima (UFRR) assinou no último domingo (02) um protocolo de intenções com a Comunidade Portuguesa de Roraima a fim reconstruir o Forte São Joaquim, localizado próximo ao rio Tacutu, para que seja um novo ponto turístico da região.
A obra terá o apoio do Exército, através da 1ª Brigada de Infantaria de Selva e representa um ponto importante da história local, pois foi a partir daí que se iniciou o que hoje é o Estado de Roraima. Atualmente, há pouquíssimos indícios do que um dia foi o forte, construído no século XVIII, ainda sob o domínio português, para proteger a região das invasões estrangeiras.
Com certeza, a notícia vem em um momento sensível da memória do país, pois recentemente, o Museu Nacional do Rio de Janeiro, que continha mais de 20 milhões de itens históricos, foi destruído pelo fogo (falei um pouco sobre isso neste outro blog aqui). Além disso, tivemos em Boa Vista algumas perdas, como a demolição do Hospital Nossa Senhora de Fátima, e prédios como a Casa da Cultura e o Museu Integrado de Roraima estão completamente em situação de abandono.
A reconstrução do Forte ainda não tem data definida de início. Talvez demore um pouco, mas ainda sim representa um presente a quem ama a história de Boa Vista e do Estado de Roraima. Só nos resta torcer para que, concluída a obra, esta não se torne mais um a sofrer pelo descaso do poder público. Bom...vamos aguardar.
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| Momento da assinatura do Protocolo de Intenções, pelo reitor da UFRR, dr. Jefferson Fernandes do Nascimento (foto: CoordCom/UFRR) |
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| Solenidade de assinatura. Ao fundo, as pedras que restaram do forte (foto: CoordCom/UFRR) |
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| Solenidade de assinatura do protocolo de intenções, à entrada do Forte. Detalhe: esta construção não faz parte da obra original (foto: CoordCom/UFRR) |
A história – O Forte tem sua origem na Resolução de 23/10/1752 do Conselho Ultramarino, após consulta à D. José I (1714-1777), soberano português, o qual, por meio de Provisão Régia, datada de 14/11/1752, determinou ao governador do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado (1751 – 1759) que construísse uma Fortaleza às margens do Rio Branco. E, “que esteja sempre guarnecida com uma Companhia do Regimento de Macapá, a qual se mude anualmente”.
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| Gravura do século XVIII, dá ideia de como era o Forte São Joaquim |
O Forte começou a ser construído em 1775 e finalizado em 1778, tendo como primeiro comandante o próprio engenheiro construtor, o alemão a serviço de Portugal, capitão Felippe Sturm, que escolheu o local da instalação do Forte, às margens do Rio Tacutu, próximo à sua confluência com o Rio Uraricoera, formadores do Rio Branco.
O terceiro comandante do Forte foi o capitão cearense Inácio Lopes de Magalhães – fundador da Fazenda Boa Vista, que deu origem ao município. E, o último administrador do Forte foi o senhor Pedro Rodrigues (1889-1891).
Fonte: Jornal Folha de Boa Vista
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