Evento ocorreu neste domingo (23) e contou com mais de 50 pessoas no palco |
Música, dança, crenças, lendas, costumes e, principalmente, a valorização dos artistas da terra. Assim foi a 2a edição do espetáculo “Raízes Amazônicas”, que aconteceu na noite deste domingo (23), na Sala Roraimeira do Teatro Municipal. Apresentado pelo Espaço & Cia Artística Well Souza, o espetáculo contou com 50 pessoas entre adolescentes, jovens e adultos, que encantaram o público.
Uma diversidade de temas se destacou no palco, como a vida do ribeirinho, dos povos indígenas, como também da cultura do Pará. Teve ainda representações cênicas do Encontro das águas, da Cobra Grande, Vitória Régia, da Onça Pintada e da Arara Vermelha, além de histórias folclóricas como Iara, Mãe d’água, Cruviana e o encanto do Boto. O espetáculo contou ainda com a participação do artistas Dennis Martins, Clara Zion, Nathália Lago e Neuber Uchôa.
Música, dança, crenças, lendas, costumes e, principalmente, a valorização dos artistas da terra |
“Eu acho que é muito importante ter espetáculos que remetem a nossa cultura local, a cultura do Norte. Principalmente, fundamentada nas raízes indígenas, no Boi Bumbá e no carimbó. E ver crianças, adolescentes, jovens, inseridos nessa cultura e, ainda dançando, para mim, é muito importante culturalmente passar para nossas gerações”, disse Clara Zion.
O artista Denis Martins se apresentou cantando músicas do Boi Bumbá Garantido e Caprichoso, remetendo ao 57° Festival Floclórico de Parintins que acontece nos dias 28, 29 e 30 de junho. Ele afirmou que é sempre uma honra participar de um evento como esse que traz de volta suas raízes.
“Como o próprio nome diz, ‘Raízes Amazônicas’, que nos remete aos nossos antepassados e costumes. Além de tudo, relembra de onde nós viemos e quais são as nossas raízes. Dividir palco com o Neuber Uchôa, outros artistas de Roraima e toda a Companhia de Dança do Well, me traz de volta o reforço que eu precisava como referência da Amazônia para continuar meu trabalho como artista”, ressaltou Dennis.
Dennis Martins: "Espetáculo nos remete aos nossos antepassados e costumes. Além de tudo, relembra de onde nós viemos e quais são as nossas raízes" |
O diretor da companhia, Well Souza, fez uma belíssima apresentação interpretando o pajé e afirmou que o espetáculo foi fechado com “chave de ouro”. “Buscamos mostrar que temos muita cultura dos povos originários e estamos aqui para valorizar essa cultura e o artista local. Tivemos 50 bailarinos da própria escola de dança e deu muito certo”, ressaltou.
Anenubia Celine, 25, trouxe toda
a família para assistir ao espetáculo e conta que se emocionou ao ver a
diversidade de idades entre os bailarinos. “Chorei bastante ao ver a
diversidade de idades em um espetáculo que fala tanto da nossa essência.
Percebi que tem adolescentes, jovens e adultos também e pensei que tem momento
para tudo. E dá tempo de fazer as coisas que planejamos, basta querer”, disse.
Anenubia Celine e família |
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