Restaurada, Casa da Cultura se torna sede da Academia Roraimense de Letras

 

O prédio conta com área total de 430,31 m² e foi entregue à população neste domingo (23) |FOTO: Secom/RR

Uma das obras de revitalização mais esperadas pelos roraimenses, especialmente para os amantes da história e da cultura do Estado, a Casa da Cultura Madre Leotávia, finalmente, vive um novo momento. O espaço foi reinaugurado no último domingo (23) e agora passa a ser a sede oficial da Academia Roraimense de Letras (ARL).

O projeto resgatou as configurações originais da edificação histórica. Para isso, foi feita toda a análise de viabilidade do restauro pela Superintendência Roraimense do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-RR), uma vez que se trata de um prédio tombado. 

O prédio conta com área total de 430,31 m². A obra contemplou área de exposição temporária e exposição permanente; área do café; paisagismo - jardim com vários tipos de plantas e flores; banheiros e vestiários masculino e feminino; banheiros para pessoas com deficiência, masculino e feminino, além de administração; depósito; terraço e sacada.

Construído na década de 1940, por Milton Miranda e depois vendida ao Governo do Território Federal de Roraima para se tornar residência oficial dos gestores estaduais, o prédio está ligado diretamente ao processo histórico de implementação do Território Federal do Rio Branco, que foi criado em 1943. 

“Aqui de certa forma é o começo de tudo, e hoje fechamos o ciclo com a presença da cultura aqui em todos os segmentos. Gostaria de desejar a todos os fazedores de cultura que tenham total proveito desse pedaço da nossa memória. Temos um novo ponto turístico na nossa capital que vai abrigar muitas ações aqui do Estado que trabalha a cada dia para resgatar a cultura e as tradições de Roraima”, disse o governador Antônio Denarium.

A presidente da ARL, Cecy Lya Brasil, comemorou o ato de restauração e ressaltou que a obra entregue vai além do espaço físico. “É um resgate da nossa história, da história da população roraimense, da nossa origem, em que temos mais de 80 anos de história em um prédio que foi sede do poder no antigo território e também palco de muitas celebrações populares. A Casa de Cultura agora entra em um novo ciclo e vai fazer jus ao nome: ser um espaço para a cultura da nossa gente”, disse. 

Descerramento de uma das galerias de honra da Casa |FOTO: Secom/RR


Para Bruno Muniz, diretor do Departamento de Turismo de Roraima (DETUR), trata-se da revitalização do valor histórico e cultural do Estado, pois representa o resgate da memória e sua devida manutenção para a contemporaneidade, ou seja, para que as atuais e as futuras gerações consigam ter uma referência sobre o crescimento e o surgimento do Estado e de Boa Vista.

“Isso sinaliza a importância, tanto para a cultura e para a memória do Estado, quanto agora para um valor simbólico e turístico. Pois, na medida em que as pessoas de fora passarão a visitar a Casa de Cultura, que agora está sob administração da ARL, aquele local vai agora se prestar à manutenção da nossa cultura, da reflexividade, da importância de todo o arcabouço histórico e cultural que Roraima tem para oferecer, não só para os boa-vistenses e para os roraimenses, mas também para todo o Brasil”.

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