“TIQUIM”| Criart leva a magia do circo ao Festival de Teatro da Amazônia

Com uma mensagem de otimismo e perseverança, a apresentação ocorreu no último dia 30 de setembro, no Centro Cultural Barravento, em Manaus (AM) |FOTO: Divulgação/Criart

 

A companhia Criart Teatral esteve na última semana em Manaus (AM), onde se apresentou no renomado Festival de Teatro da Amazônia (FTA), que esse ano completou 20 anos. Com toda a sua bagagem artística e dinâmica, o grupo roraimense abrilhantou o palco com o espetáculo “Tiquim”, no Centro Cultural Barravento.

Em meio a mais de 270 projetos inscritos de todos os estados brasileiros, o Criart foi um dos 44 classificados para o evento promovido pela Federação de Teatro do Amazonas (FETAM). A programação segue até 13 de outubro (confira aqui quais são os espetáculos).

Para a diretora Kaline Barroso, participar do festival, especialmente nesta edição que celebra 20 anos, está sendo uma experiência emocionante e inesquecível. Isso porque a companhia se apresenta no evento desde 2005, na segunda edição do festival, o que dá um toque a mais de nostalgia e gratidão.

“É um momento de celebração da arte e da cultura amazônica, que nos inspira e nos transforma. Ver como o festival cresceu e se consolidou ao longo dos anos é uma prova do poder do teatro e da paixão que todos nós temos por essa arte”, afirmou a artista.

Kaline ressalta que essa edição foi ainda mais especial, porque além de representar o estado de Roraima, o Criart contou com apoio da Prefeitura de Boa Vista, por meio da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura FETEC.

“Esse apoio nos possibilitou levar, além do elenco que compõem o espetáculo, também outros integrantes do grupo para que participassem desse momento de troca de experiências e reencontros. Somos gratos por fazer parte dessa jornada. Que venham mais 20 anos de teatro e emoção”, destacou.

Toda a equipe envolvida no espetáculo: apoio da Prefeitura de Boa Vista, por meio da Fetec, foi fundamental |FOTO: Divulgação/Criart


O espetáculo – Com elenco composto por Kamylly Lima (Palhaça Dona jura), Diogo Silva Santos (Palhaço Trambolho), Sulivan Barros (Palhaço Chuvisco), Nathana Lindey (Palhaça Caramela) e Kárisse Blos (Palhaça Mulica), “Tiquim” é um espetáculo leve, divertido e tocante, que relembra ao público o verdadeiro valor do circo: um lugar onde a alegria e a esperança sempre encontram um lar. Na trilha sonora, Diel Cunha (Palhaço Canjica) e Silvandro Barros (Palhaço Sidó), complementam a obra.


Tiquim" convida o público a embarcar em uma jornada repleta de humor, amizade e lições valiosas |FOTO: Divulgação/Criart
 


A história se desenrola em uma típica praça da cidade, onde um pipoqueiro e um artista de rua presenciam as palhaças Mulica, Caramela e Dona Jura aguardando ansiosamente um encontro com o palhaço Trambolho. O que inicialmente parece ser um encontro romântico rapidamente se transforma em uma sequência hilária de confusões.

Trambolho, em meio a uma profunda crise existencial, revela seu desejo de abandonar a vida de palhaço. Determinadas a reacender a chama da Palhaçaria em seu amigo, as personagens utilizam números clássicos de circo e situações cômicas para convencê-lo a continuar contando com a ajuda do palhaço Chuvisco.

O espetáculo ganha ainda mais vida quando os palhaços se unem para uma missão especial: formar o "Circo Giramundo", um circo itinerante que levará alegria por onde passar. Assim, "Tiquim" convida o público a embarcar em uma jornada repleta de humor, amizade e lições valiosas, destacando a importância do riso e da união em tempos de adversidade.


Artistas, na abertura oficial do Festival, no Teatro do Instituto Cultural Brasil Estados Unidos (ICBEU) |FOTO: Divulgação/Criart

Toda a equipe com a diretoria do FETAM |FOTO: Divulgação/Criart


O Criart Teatral – Grupo de Teatro foi fundado, em agosto de 2001, pela atriz e diretora Kaline Barroso, tendo sua estreia no dia 16 de outubro de 2001, no Projeto do SESC, “Dramaturgia Leituras em Cena”, que tinha como objetivo estimular a prática de leitura de textos teatrais além de difundir textos inéditos e consagrados.

O grupo estreou com um texto infanto-juvenil de Dario Uzam Filho, “Tietê mais o Riacho do rabo em pé”. Desde sua fundação o grupo tem feito esquetes teatrais para empresas, comerciais para televisão, espetáculos teatrais infantis e adultos, com recorde de público e crítica.

Merecedor do Prêmio Notoriedade Cultural 2003 na categoria Artes Cênicas/Teatro infantil e do Prêmio Destaque Cultural 2004 e 2005, categoria Artes Cênicas pelo espetáculo “Os monólogos da vagina”. Por quatro anos ficou em primeiro lugar no Concurso de Poesia do SESI (CONPOESI), na categoria interpretação.

Participou também de eventos como: I Seminário Cultural da Amazônia em Belém (PA); do Fórum Cultural Mundial – Brasil em São Paulo (SP); II Conferência Nacional de Cultura, em Brasília (DF) e do Festival de Teatro da Amazônia (FTA), com o Espetáculo “A Formiga Fofoqueira” sendo indicado em três categorias e recebendo o prêmio de melhor ator para Matheus Ferreira.

Em 2005, através das oficinas de palhaço do Palco Giratório – SESC e do Projeto de Circulação Funarte, o grupo começou sua pesquisa na linguagem circense e de clown, iniciando a construção da palhaça “Maritaca” (Kaline Barroso). No ano seguinte, foram os palhaços “Trambolho” (Diogo Silva), Pitchula (Karen Barroso) e Rita Ritinha (Lana Francis), surgindo a Trupe Criart. No início de 2009, a diretora do grupo desenvolveu uma oficina direcionada aos atores do Grupo Criart, com técnicas de malabares, dança aérea, pirofagia, perna de pau, números de mágica e palhaçada.

Uma das principais características do Criart Teatral é a pesquisa de várias linguagens artísticas como dança, circo e música. Atualmente, desempenha um trabalho de elaboração e encenação de “temas” teatrais com os grupos folclóricos e quadrilhas juninas do Estado de Roraima.

Em 2010, foi contemplado com o edital de Ponto de Cultura do Ministério da Cultura, que aumenta as possibilidades do fazer artístico e de recursos para uma ação contínua dos trabalhos desenvolvidos pelo Criart junto às comunidades carentes do Estado, com oficinas de Canto Coral, Banda de Lata, Teatro e Novas mídias, a partir da observação de suas realidades, do reconhecimento de seus potenciais humanos e das oportunidades de saírem da condição de meros espectadores para atores de suas próprias existências.

Em 2011, o Criart ganhou o Prêmio Myriam Muniz de Teatro, modalidade circulação com o espetáculo infantil “João e Maria”, para apresentações nas cidades de Boa Vista, Cantá, São João do Baliza e Caracaraí, além de Porto Velho (RO), neste participando do Festival Palco Giratório como grupo convidado. Em 2013, o mesmo espetáculo foi aprovado pelo Edital de patrocínio do Banco da Amazônia S/A (BASA), para apresentações em Pacaraima, Bonfim, Mucajaí e Boa Vista.

Ainda em 2013, o espetáculo “A Santa Casa”, dirigido pelo ator e diretor pernambucano Edjalma Freitas, foi contemplado também na modalidade circulação pelo Prêmio Myriam Muniz de Teatro, onde fez turnê na região nordeste (João Pessoa, Recife e Natal).

Em 2015, o espetáculo “A Santa Casa”, circulou através do projeto SESC Amazonia das Artes, pelos Estados de Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Pará, Palmas, Mato Grosso, Piauí e Maranhão.

Já em 2023, O espetáculo "Cordel do Amor sem fim", recebeu 5 indicações no Festival de teatro da Amazônia sendo premiado com os prêmios de Melhor trilha sonora e melhor atriz (Luiza Daniele).

 

 

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FICHA TÉCNICA

Direção e Roteiro

Kaline Barroso

 

Consultoria Dramatúrgica

Ana Marceliano

 

Elenco

Palhaça Dona jura – Kamylly Lima

Palhaço Trambolho – Diogo Silva Santos

Palhaço Chuvisco – Sulivan Barros -

Palhaça Caramela – Nathana Lindey

Palhaça Mulica – Kárisse Blos

 

Trilha Sonora

Palhaço Sidó – Silvandro Barros (Percussão e Violão)

Palhaço Canjica – Diel Cunha (Teclado e Violão)

 

Contrarregras /Produção

Elivelton

Anne Louise

João Henrique

 

Iluminação

Baronso Lucena

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